História
"Era uma vez..."
Assim poderia começar a nossa história, tão longínquas são as raízes do ensino público em Alcobaça.
Tudo terá começado no nebuloso séc. XI, com a fundação da Ordem de Cister, nascida como reação ao rumo demasiado secularizante da Ordem de Cluny. A figura proeminente de S. Bernardo cedo irá impor a Ordem nascente como uma referência, não só espiritual, mas também temporal.
Assim, em 1153, D. Afonso Henriques terá doado a S. Bernardo avantajados terrenos que serviriam de base à implantação da Ordem e ao próprio nascimento de Alcobaça. A destrinça entre a lenda e a realidade não nos ocupa porque, mesmo que a haja, a lenda faz parte da realidade. O "sítio", situado entre o Atlântico e a Serra de Candeeiros parecia adequado: "O sítio, circundado pelas encostas de colinas ricas de vegetação de todo o tipo, é silencioso e retirado. Ali reinam o sossego inalterável, o desprendimento das preocupações mundanas, a doce gravidade propícia ao estudo e aos trabalhos do espírito."
O Patrono
O patrono da Escola é D. Inês de Castro, a Linda Inês que um dia chegou a Portugal, como aia de D. Constança, a esposa escolhida para o Infante D. Pedro. O Infante olhou Inês e, de um fugaz olhar, resultou um amor eterno. Este amor suplantou as convenções sociais, as razões de Estado e, até, a própria morte.
Fosse por que razão fosse – as razões ainda hoje os historiadores as discutem – o certo é que o rei D. Afonso IV, pai de D. Pedro, decidiu mandar matar D. Inês. Foi esta atitude inflexível que perpetuou o nome da jovem galega que, como diz Camões, “depois de ser morta, foi Rainha.”
Bem poderá ser esta uma história da História ou, se se quiser, a poesia da História.
A verdade é que foi a coroação simbólica de Inês, como rainha de Portugal, que associou este trágico amor a Alcobaça. Na verdade, após ter sido proclamado rei, D. Pedro ordenou a trasladação dos restos mortais da sua amada, que jaziam em Coimbra, para o Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Aqui mandara ele construir dois túmulos, frente a frente: um para receber a sua amada; o outro, para que o recebesse a si. Quando, enfim, fosse chegada a hora do Juízo Final, poder-se-iam reunir para toda a eternidade...
Nesta história, que se tornou lendária e tão celebrada por artistas portugueses e estrangeiros, estão presentes a razão de Estado – que conduziu à morte – e a razão do amor – que conduziu à perenidade. Mas a lição que se pode tirar deste exemplo é a lição do triunfo da juventude e da razão do amor...
Sirva, então, para nós, nesta escola, que se chama D. Inês de Castro, o seu exemplo: que o ato educativo, que aqui se regulamenta, seja sempre entendido como um ato de amor – mesmo sabendo que não nos podemos furtar à razão de estado que as leis fixam. E impõem.
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